domingo, 26 de abril de 2009

Olá.

Nós, Kariza e Larissa do curso de Licenciatura em Química pelo IFES - Instituto Federal do Espirito Santo - criamos esse blog, como forma avaliativa, na disciplina Ensino de Ciências. Nele falamos sobre a Química e o Futuro.

Falamos sobre o que é química, por que estudar química, quatro descobertas na área da química, fundamental para o desenvolvimento da sociedade, os novos cursos que envolvem a química, assim como as novas áreas de atuação do químico.

Esperamos que esse blog seja útil para vocês visitantes.

Qualquer dúvida, ou sugestão entre em contato conosco.

Abraços,

Kariza Minini e Larissa Merizio

A Química


O que é química?

Química é a ciência que estuda os materiais existentes na natureza, suas propriedades e alterações. Analisa as substâncias presentes nesses materiais, desenvolve técnicas para extraí-las e purificá-las e sintetiza novas substâncias. A química também pesquisa os processos de transformação das substâncias em matérias-primas para os diferentes ramos da indústria.







Por que estudar química?

Há muitas razões que explicam o porquê do estudo da química. Do ponto de vista prático, a química ajuda a adquirir um útil discernimento dos problemas da sociedade, com aspectos científicos e técnicos. Por exemplo, o que pode ser feito com relação: às influências da chuva ácida no meio-ambiente; aos efeitos provocados pelo uso de alguns herbicidas e pesticidas; à destruição da camada de ozônio na parte superior da atmosfera; e à possível elevação no nível dos oceanos provocada pelo aumento da concentração de dióxido de carbono e outros gases na atmosfera (o efeito estufa)?É prudente o uso dos raios gamas na esterilização de alimentos para o consumo humano? É aconselhável o uso da sacarina como um adoçante artificial? Os processos industriais utilizados na manufatura de plásticos, papéis, gessos e tintas confirmam uma ameaça ao meio-ambiente? Quais os riscos, se os produtos químicos estão presentes nos materiais de uso doméstico e de consumo, como detergentes, limpadores de forno, condicionadores de ar, açúcar refinado, café sem cafeína, alvejantes de roupas, antiperspirante, ervas daninhas, conservantes de madeira e aspirina?

A química atua como um instrumento prático para o conhecimento e a resolução de problemas em muitas áreas de engenharia, agricultura, silvicultura, oceanografia, física, biologia, medicina, tecnologia de recursos ambientais, nutrição, odontologia, metalurgia, eletrônica, ciência espacial, tecnologia fotográfica e em inúmeros outros campos.

Algumas pessoas estudam química simplesmente para satisfazer suas curiosidades naturais a respeito da realidade física. Elas estudam química por gosto próprio, devido ao que se revela sobre a natureza do universo e do nosso pequeno mundo, a Terra. Estudar o comportamento químico da matéria pode ser um interessante passatempo que, as vezes, conduz a uma vocação recompensadora.

Foram inúmeras as descobertas no ramo da química que mudaram o rumo da sociedade. Nós vamos falar aqui da Lei de Boyle, Existência das moléculas, Tabela Periódica e da Radioatividade.

Lei de Boyle


O que é a Lei de Boyle?


A Lei de Boyle estabelece que o volume de uma massa de gás, à temperatura constante, é inversamente proporcional à força que o comprime (pressão). Ele provou que os gases são feitos de átomos exatamente como os sólidos. Mas nos gases os átomos estão mais afastados, de maneira que podem ser comprimidos.

 

Mas como ele descobriu isso?


Boyle era filho filho de um conde e membro da British Scietific Society (Sociedade Científica Britânica). Durante uma reunião da sociedade, em 1662, Robert Hooke leu um ensaio descrevendo uma experiência francesa sobre a “flexibilidade do ar”.




                                         
                                                                      Robert Boyle

Os cientistas franceses tinham feito um cilindro de metal firmemente ajustado a um pistão. Muitos homens empurravam o pistão para baixo, comprimindo o ar contido no interior do cilindro. Então soltaram. O pistão pulou para o alto, porém ele nunca chegava a alcançar seu nível inicial. Então os franceses afirmavam que o ar não era perfeitamente flexível. Uma vez comprimido, continuava ligeiramente comprimido.

Robert Boyle afirmou que essa experiência não provava coisa nenhuma e que o pistão que eles usaram estava apertado demais ou solto demais. Então Boyle prometeu criar um pistão perfeito, que iria provar que os franceses estavam errados.

Duas semanas depois Boyle se apresentou diante da sociedade com um grande tubo de vidro em forma de “U” assimétrico. Uma dar pernas do “U” elevava-se acima de 90cm de altura e era fininha. A outra era curta e grossa, e com a saída tapada.

O lado da perna fininha (mais alto) estava aberto. Boyle derramou mercúrio líquido no tubo até que ele recobrisse a parte baixa do “U” e subisse um pouco para os dois lados. Uma grande quantidade de ar ficou presa acima do mercúrio, no lado curto e grosso. Um pistão, Boyle explicou, era qualquer coisa que comprimisse ar. Como esta usando mercúrio para comprimir o ar, não haveria fricção - como tinha acontecido na experiência dos franceses.

Então Boyle anotou o peso do pistão de vidro e traçou uma linha no vidro onde o mercúrio tocava a bolsa de ar preso. Boyle derramou mercúrio líquido na perna longa do lado mais alto do seu pistão até o encher completamente. Agora o mercúrio subiu além da metade do lado mais curto. O ar preso tinha sido comprimido a menos da metade de seu volume original pelo peso ou força (pressão) do mercúrio.

Boyle traçou uma segunda linha na câmara mais curta para marcar o novo nível do mercúrio no interior - marcando o volume comprimido do ar preso.

Então ele escoou o mercúrio através de uma válvula na parte baixa do “U” até que o pistão e o mercúrio pesassem exatamente o mesmo que pesavam no início. O nível do mercúrio voltou à sua linha inicial. O ar retido tinha voltado exatamente ao ponto que estava inicialmente. O ar era perfeitamente flexível.

Boyle continuou com as experiências e percebeu que quando ele dobrava a pressão num bloco de ar aprisionado, seu volume era reduzido pela metade. Quando triplicava a pressão, o volume era reduzido a um terço. A mudança do volume do ar comprimido era sempre proporcional à mudança na pressão que comprimia o ar. Ele criou uma simples equação matemática para descrever esta proporcionalidade.

                                                                                T  α 1/V



Existência das Moléculas

O que são as moléculas?

 

As moléculas são um grupo agregado de átomos. Um único átomo identifica um dos cem elementos químicos que formam o nosso planeta. Ligar um número de átomos forma uma molécula, que identifica uma substância dentre milhares que existem.

Como foi a descoberta?            

 

Na primavera de 1811, o professor universitário Amadeo Avogadro, de 35 anos, sentou-se durante a aula, franzindo a testa para 2 ensaios científicos que estavam sobre sua mesa. Avogadro dava aulas de ciências naturais no Colégio Vercelli, na cidade montanhosa de Turim. Vinte e cinco alunos sentavam-se diariamente diante dele e ouviam o professor Avogadro falar, discutir, fazer-lhes perguntas sobre qualquer aspecto da ciência que lhe ocorresse.



                                                                     Amadeo Avogadro

Naquele dia ele leu os 2 ensaios para a classe, afirmou que via um mistério importante neles e desafiou os alunos a descobrirem do que se tratava.

Nos 2 ensaios, o químico inglês Dalton e o químico francês Gay-Lussac descreviam uma experiência na qual haviam combinado átomos de hidrogênio e oxigênio para formar água. Ambos relatavam que foram precisos exatamente dois litros de átomos de hidrogênio gasoso para combinar exatamente com um litro de átomos de oxigênio gasoso. Dalton afirmou que esta experiência provava que a água era a combinação de dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio. Gay-Lussac afirmava igualmente que provava que um litro de qualquer gás tinha de conter o mesmo número de átomos que o litro de qualquer outro gás, não importava qual gás fosse.

Estes estudos foram saudados como uma abertura da maior importância para o estudo da química. Mas desde a primeira leitura o professor Avogadro ficou aborrecido com uma contradição inoportuna.

Tanto Dalton quanto Gay-Lussac começaram exatamente com 2 litros de hidrogênio e um litro de oxigênio. Isto perfaz um total de três litros de gás. Mas ambos tinham terminado só com dois litros de gás de vapor de água. SE todo litro de cada gás tem de ter exatamente o mesmo número de átomos, então como podiam todos os átomos destes três litros de gás caber em apenas dois litros de gás vapor?

O sino da catedral de Turim fazia soar a meia-noite antes de a resposta soar na cabeça de Avogadro. Dalton e Gay-Lussac tinham usado a palavra errada? E se cada um deles tivesse substituído “um grupo de átomos ligados” por átomo?

Avogadro criou a palavra Molecule (uma palavra grega que quer dizer “mover-se livremente em um gás”) para este “grupo de átomos ligados”. Então, ele rabiscou equações no papel até descobrir uma maneira de justificar todos os átomos e moléculas nas experiências de Dalton e Gay-Lussac.

Cada molécula de hidrogênio continha dois átomos de hidrogênio e cada molécula de vapor continha dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio, como os dois cientistas haviam declarado- cada litro de hidrogênio e cada litro de oxigênio teriam exatamente o mesmo número de moléculas como cada um dos dois litros de vapor resultantes ( mesmo que ele contivessem um número diferente de átomos).

E foi assim que, sem jamais ter tocado num tubo de ensaio ou feito uma experiência química de qualquer espécie, sem nem mesmo ter alguma formação química, Amadeo Avogadro descobriu a existência das moléculas e criou a lei básica dos gases - cada litro de gás contém o mesmo número de moléculas de gás.

Tabela Periódica dos Elementos

O que é?

O primeiro sistema bem-sucedido de organização dos elementos químicos que compõem a Terra.

 

Como foi a descoberta?

Por volta de 1837, Dmitri Mendeleyev, de 33 anos, tinha conseguido a posição de professor de química na Universidade de São Petersburgo - um feito notável para o caçula de 14 filhos de um camponês russo. Com uma cabeleira rebelde, barba eriçada e olhos negros e penetrantes, Mendeleyev era chamado de “russo selvagem” pelos outros químicos europeus. Em 1868 começou a trabalhar num compêndio de química para os seus alunos.





       Dmitri Mendeleyev

O problema que ele enfrentou no início do livro foi como arrumar e organizar a lista crescente de 62 elementos conhecidos de forma a que os alunos pudessem compreender suas características. Àquela altura, Mendeleyev tinha coletado uma quantidade de informações do próprio trabalho e – na maioria – dos trabalhos dos outros, principalmente dos químicos ingleses Newland e Meyers e do francês Chancourtouis.

Mendeleyev separou os elementos pelo seu peso atômico, por semelhança familiar, pela maneira com que combinavam – ou não – com hidrogênio, carbono e oxigênio, pelo tipo de sais que formavam, se o elemento existia como gás, líquido ou sólido, se era duro ou macio, se derretia a uma temperatura elevada ou baixa, e pelas formas dos cristais dos elementos. Nada permitiu que fizesse sentido entre todos os 62 elementos conhecidos.

Mendeleyev, que era exímio pianista, percebeu que as notas do piano se repetiam a intervalos regulares. A cada oito notas havia o dó. Deu-se conta que nas estações do ano, ans ondas do mar, mesmo nas árvores, as características repetiam-se sempre e sempre depois de um determinado período de tempo ou distância. Por que a mesma coisa não se repetiria com os elementos?

El anotou em cartões cada elemento e suas várias características e os espalhou numa mesa, arrumando e rearrumando os cartões, procurando padrões repetidos. Rapidamente descobriu que cada oitavo elemento compartilhava traços familiares, ou características. Quer dizer, na maioria das vezes, cada oitavo elemento compartilhava características com os outros nessa família. Mas nem sempre.

De novo, Mendeleyev estava num beco sem saída. Até que um dia, naquele verão, ocorreu-lhe que era possível que nem todos os elementos da Terra já tivessem sido descobertos. A sua classificação dos elementos deveria admitir que houvesse elementos que faltavam.

Ele voltou ao seu monte de cartões e agrupou-os em fileiras e colunas, de maneira que a forma com que os elementos de cada coluna ligavam-se a outros elementos fosse a mesma, e assim, as características físicas dos elementos de cada coluna seriam as mesmas.

Todos os elementos conhecidos ajustavam-se perfeitamente bem a esta tabela bidimensional. Contudo, ele teve de deixar três espaços vazio que pretendia que fossem preenchidos por três elementos que ainda estavam para ser descobertos. Mendeleyev chegou a descrever a aparência que teriam e como agiriam sua fileira e coluna. A Europa inteira riu e disse que as suas previsões não passavam de divagações malucas de um adivinho doido.

Três anos mais tarde o primeiro dos três elementos de Mendeleyev que “faltavam” foi descoberto na Alemanha. A comunidade científica achou que fosse uma coincidência interessante. Dentro de mais oito anos os outros dois também foram achados. Todos os três pareciam e se comportavam como Mendeleyev tinha predito. Cientistas do mundo inteiro ficaram pasmados e o  chamaram de gênio, que havia descoberto o mistério do mundo dos elementos químicos. Sua descoberta orientou as pesquisas científicas do mundo inteiro.

Radioatividade


O que é?

A radioatividade ou radiatividade é a capacidade que alguns elementos fisicamente instáveis possuem de emitir energia sob forma de partículas ou radiação eletromagnética.

Como foi a descoberta?

No ano de 1896, o francês Henri Becquerel constatou que um composto de urânio apresentava a interessante característica de causar uma mancha numa chapa fotográfica mesmo no escuro e embrulhada em papel negro.

A interpretação de Becquerel era de que os raios de Becquerel eram ondas eletromagnéticas transversais (como a luz) de pequeno comprimento de onda e que o processo de emissão era um tipo de fosforescência.

Afim de completar sua tese de doutorado, Marie Curie passou a estudar esses raios descobertos por Becquerel. Era empolgante. Os cientistas sabiam que a radiação carregada eletricamente enchia o ar ao redor do urânio, mas não se sabia muito mais do que isso. Marie usou um aparelho que seu marido, o professor Pierre Curie, tinha inventado para detectar cargas elétricas ao redor de amostras de minerais. Ela deu ao processo o nome de radioatividade e concluiu que era emitida de dentro de um átomo de urânio. 

 



Marie Curie

Como os Curie não tinham dinheiro para cobrir as despesas das pesquisas dela, e como a universidade se recusava a fornecer recursos para uma mulher recém-formada fazer suas pesquisas, Marie conseguiu a muito custo um lugar para instalar seu laboratório. Descobriu um barracão abandonado que tinha sido usado pelo Departamento de Biologia para guardar cadáveres. Era insuportavelmente quente o verão e uma geladeira no inverno, com duas mesas de madeira, cadeiras e uma velha estufa enferrujada.

Em 19898, Marie ganhou um intrigante minério de urânio chamado pechblenda, que seus testes demonstraram emitir mais emissões radioativas do que se podia esperar da quantidade de urânio que continha. Ela concluiu que devia haver outra substância dentro da pechblenda para emitir radiação a mais.

Ela começou com testes de 3,5 onças de pechblenda. Planejou remover todos os metais conhecidos para que no final só restasse este elemento novo, altamente ativo. Ela triturou o minério com pilão num almofariz, passou numa peneira, dissolveu em ácido, ferveu para eliminar o líquido, filtrou, destilou e aí o eletrisou.

Nos próximos seis meses, Marie e seu marido isolaram quimicamente e testaram cada um dos 78 elementos químicos conhecidos para ver se os misteriosos raios radioativos fluíam de qualquer outra substância que não fosse urânio. A maioria do tempo ele passavam esmolando por pequenas amostras que não tinham dinheiro para comprar. Curiosamente, cada vez que Marie removia mais dos elementos conhecidos, o que lhe sobrava de pechblenda era sempre mais radioativo do que antes.

O que deveria ter levado semanas arrastou-se em longos meses devido às condições horríveis de trabalhos. Em março de 1901, a pechblenda finalmente abriu mão dos seus segredos. Marie tinha encontrado não um, mas dois novos elementos radioativos: polonium (que ganhou esse nome para homenagear a Polônia, seu país de origem) e radium (assim chamado porque era, de longe, o elemento mais radioativo jamais descobertos). Marie apresentou um minúsculo exemplo de puro sal de rádio. Pesava 0,0035 onças (0,10g) – menos que uma batata chip - mas, era um milhão de vezes mais radioativo que o urânio.

Como ainda se desconheciam os perigos da radiação, Marie e Pierre foram perseguidos por problemas de saúde. Dores e grande sofrimento físico. Mãos cobertas de úlceras. Contínuas recaídas de doenças bastantes sérias, como pneumonia. Um cansaço interminável. Finalmente, a radiação que Marie tinha estudado a vida inteira a matou em 1934.

Curiosidade: Mulheres que receberam o Prêmio Nobel foram 34, num total de 723 prêmios outorgados até 2005. Marie Curie foi não só a primeira mulher a receber o Prêmio Nobel, como também foi uma da quatro pessoas que o receberam duas vezes.

 


A Química: sua importância na saúde, na indústria, na agricultura e no meio ambiente

A Química possui grande importância no nosso dia-a-dia (desde os adubos utilizados no campo até aos serviços de saúde). Ela desempenha um papel crucial na nossa vida e a sua descoberta veio até prolongar e dar qualidade à nossa vida, pois tal como Churchil, estadista britânico, escritor, jornalista,orador e historiador, famoso principalmente por sua atuação como primeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial, afirmou “Deus deu a ciência ao homem para que ela o permita viver melhor e resolver problemas…”.

Importância da Química...

Saúde


Na saúde, a química é aplicada desde as análises clínicas até à Imageologia. Como é sabido, a química está profundamente relacionada com a área da saúde e Medicina, pois a química permite estudar os tecidos (órgãos e pele), estruturas (ossos) e líquidos internos (Sangue, bílis, suco pancreático, morfinas…) e do ponto de vista da sua composição e funcionamento, interligando-se assim com a Biologia (formando assim a bioquímica), para achar curas para doenças atualmente incuráveis, como por exemplo, a mortífera doença sexualmente transmissível da SIDA (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida), tendo em conta os conhecimentos em termos da química do nosso corpo assim como a biologia humana.
A química é também utilizada na concepção de medicamentos e vacinas, que nos permite combater as doenças e epidemias, como é o caso da lepra, da malária...
Pode-se afirmar que se química não existisse, a saúde de todos nós teria os seus dias contados.

Indústria

A indústria tem várias vertentes, mas, em três a química é crucial: a indústria farmacêutica, a indústria alimentar e a indústria ligada à drogaria.

Na indústria farmacêutica, a química foi, é e será essencial, pois ela permite estudar as propriedades dos produtos utilizados na manufatura de medicamentos e sua aplicação específica para combater determinada doença ou infecção.


A indústria da drogaria dedica-se à produção de produtos químicos, desde os mais caseiros, como a nossa eficaz desentupidora de canalizações – soda cáustica – até aos químicos mais complexos, como é o caso do dicromato de potássio, e aos mais perigosos, como por exemplo, o hidrogênio (explosivo). Pode-se afirmar que esta indústria é totalmente apoiada na química, não na antiga alquimia, que por vezes misturava magia com a toda-poderosa química.




Na indústria alimentar, a química é utilizada para produzir e aperfeiçoar os conservantes e corantes, mas também de outros produtos químicos, como os acidificantes, reguladores de acidez e aromatizantes, que servem para melhorar e intensificar o sabor dos alimentos e bebidas.



Agricultura

Na agricultura, a química é importante, pois, permite produzir adubos (fertilizante) que enriquece o solo (geralmente com azoto, fósforo, potássio, enxofre, cálcio e magnésio) e pesticidas (antigamente produzidos com chumbo, mercúrio e arsênico, materiais altamente tóxicos) que permitem, por um lado o crescimento da planta/cereal rápido, devido ao adubo, e, por outro lado, o crescimento saudável, sem as pestes de insetos que destroem as plantações e culturas.


Ambiente

A química permite fazer grandes obras para a manutenção do bom ambiente, mas, por outro lado, constitui também malefícios.

Em termos de benefícios, permite efetuar a reciclagem de materiais, reutilizando materiais já sem utilidade, dando-lhes “vida”, aproveitando-os para nova utilidade, sem recorrer à produção de mais, evitando assim a agravação da poluição produzida, principalmente, na produção desses novos materiais.


Através da química consegue-se reverter danos causados ao ambiente, ao longo destes últimos anos que, devido ao crescimento da indústria e a muitos outros fatores ligados ao grande desenvolvimento verificado na reta final do século dezenove, têm sido um autêntico “calvário” para o ambiente e, para a tão falada Camada do Ozônio.
































O Profissional da Química

A profissão de Químico foi reconhecida em 12 de julho de 1934 pelo Decreto no 24.693, sendo o exercício da profissão regulamentado em 1º de maio de 1943 por meio da publicação do Decreto-Lei no 5452. Com a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a fiscalização do exercício da profissão passou a ser executada pelas Delegacias Regionais de Trabalho. No entanto, em 1956, com a publicação da Lei no 2800, quando foram criados o Conselho Federal de Química e os Conselhos Regionais de Química, tal atribuição foi transferida a esses órgãos, tanto para os Bacharéis em Química, como para os Técnicos. De acordo com a Resolução Normativa no 198, de 17/12/2004, do Conselho Federal de Química. Constituem modalidades do campo profissional da Química as áreas de alimentos, plásticos, açúcar e álcool, petróleo, petroquímica, cerâmica, laticínios, metalurgia, tinturaria, acabamento de metais, análise química industrial, têxtil, armamentos e papel e celulose, bioquímica e biotecnologia, entre outras. Além das inúmeras áreas de atuação, como mencionado não se pode esquecer a nobre missão dos licenciados em ensinar a Química, formando as novas e futuras gerações dos profissionais.

Novos Cursos de Graduação Tecnológica Ligados a Química


O surgimento de novas tecnologias e o crescimento da demanda por profissionais atualizados e cada vez mais especializados foram alguns dos fatores que estimularam a criação dos cursos de graduação tecnológica, também chamados de superiores de tecnologia, ou simplesmente tecnólogos. São formações com duração entre dois e três anos. São ideais para quem deseja estudar e tem pressa, ou busca se especializar e crescer profissionalmente. Os diplomas de graduação tecnológica possibilitam participar de concursos públicos, além de habilitar o profissional a cursar mestrado e doutorado.


- Petróleo e Gás


O que faz o profissional: gestão de negócios ligados ao segmento de petróleo e gás. Assessoria de alto nível na cadeia produtiva de petróleo, onshore e offshore. Mercado de Trabalho: Petroquímicas, refinarias, distribuidoras de combustível e demais empresas que atuem no segmento de petróleo e gás natural.


- Meio Ambiente


Mercado de Trabalho: Instituições públicas de meio ambiente, Prefeituras municipais, Serviços de vigilância sanitária e ambiental, Laboratórios de saúde pública, Laboratórios de análise de água e efluentes, Empresas e indústrias particulares, Empresas de consultoria ambiental, Fundações de meio ambiente, Organizações não governamentais.

Atividades que desempenha: Participação na elaboração de Estudos de Impacto Ambiental e Relatórios de Impacto Ambiental (EIA e RIMA), Planejamento e promoção de programas de educação ambiental e educação ecológica, Fiscalização de ações sobre o meio ambiente, Execução de exames laboratoriais de análise de água e de efluentes, Gerenciamento da aplicação de tecnologia de prevenção e controle de poluição, Auxílio na implementação de sistemas de gestão ambiental, Promoção de ações de saúde pública.

- Processos Químicos


Objetivo Geral: Formar tecnólogo competente e apto para atender a demanda de empresas públicas ou privadas, que necessitam de Processos.
Perfil do Egresso: formar profissionais aptos a desenvolver, de forma plena e inovadora, atividades na área da química, com formação específica para ações de controle de processos.
Campo de Trabalho: diversos ramos da indústria química, bem como em empresas de consultoria e assessoria e em órgãos públicos da área.


- Química Industrial


Objetivo Geral: Formar profissionais capazes de aplicar princípios, técnicas e métodos da Química na resolução de problemas industriais, por meio de pesquisas e estudos ligados à composição química, às propriedades fundamentais e à composição da estrutura das substâncias; fabricar produtos e subprodutos químicos; realizar análises químicas ou físico-químicas.
Mercado de Trabalho: Indústrias, laboratórios e centros de pesquisa. Pode atuar na pesquisa básica e tecnológica, no desenvolvimento de operações e processos industriais, podendo assumir responsabilidades.

O papel da pós-graduação na formação do químico

No caso da Química, por exemplo, sabe-se que somente cerca de 25% dos Mestres e 5% dos Doutores são absorvidos pela indústria, mostrando que a grande maioria dos pós-graduados busca a Docência como destino profissional.
O aluno de PG, além do conhecimento diferenciado em relação ao tema de sua Dissertação ou Tese, deve possuir um conhecimento mais abrangente e interdisciplinar, cursando disciplinas que não se restrinjam ao tema de seu trabalho. Neste caso, é necessário buscar a convalidação pelo Programa do aluno, sem maiores dificuldades burocráticas, de disciplinas mais especializadas oferecidas por uma IES diferente daquela onde o aluno está matriculado. É importante, para a formação mais ampla, assistir e ministrar seminários, além de participar de eventos científicos. Ao final do curso, os alunos de Doutorado, especialmente, devem ser capazes de elaborar um projeto de pesquisa, um pedido de patente e de escrever um artigo científico. Além disso, como muitos dos pós-graduandos trabalharão na área de ensino, devem ter a oportunidade e ser incentivados a participar de tarefas didáticas, porém, sempre com a orientação, o acompanhamento e a avaliação de um docente. Por outro lado, visando ampliar as possibilidades profissionais, é necessário estabelecer estratégias buscando maior aproximação com o setor não-acadêmico.

É claro que essa discussão e essas conclusões não são novas e, certamente, não será fácil superar as dificuldades que fazem com que sejam sempre um tema atual. Afinal, não depende só da vontade dos alunos ou dos docentes criar profissionais com uma formação sólida e ampla, com uma visão crítica, que saibam tomar decisões e, principalmente, que aprendam a aprender para saber ensinar. Estas características são fundamentais em qualquer setor de atividade, acadêmico ou industrial. A difícil arte de conversar com o aluno ingressante, com o formando, com o futuro pesquisador, com o funcionário menos qualificado ou com o dirigente responsável pelo emprego de centenas de trabalhadores exige esforço e dedicação constantes, além de bom senso. E tudo isso passa pela realidade social, política e econômica do país. Se, por um lado, temos a esperança de que o valor e o número das bolsas de pós-graduação aumentem, que novos concursos sejam abertos, que novas oportunidades sejam oferecidas, por outro, temos dificuldades para adquirir reagentes imprescindíveis para a pesquisa, seja em função dos poucos recursos destinados à pesquisa, dos elevados preços dos reagentes importados (além das dificuldades de importação) ou dos próprios controles dos órgãos externos à Universidade.
Desta forma, é necessário estar atento aos aspectos práticos do ofício de ser Químico, sem esquecer de refletir sobre questões mais profundas, como aquelas levantadas em Niterói: O que o pesquisador do futuro vai pesquisar? Quais são as lacunas existentes na área de Química? Como fazer para estimular a pesquisa na interface com algumas áreas? Como fazer para introduzir o conceito de patente nos cursos de Pós-Graduação? Como identificar as patentes depositadas ou concedidas e incluir essas informações nos projetos? Como implementar a interação com o setor não-acadêmico? Qual é o perfil do profissional que a empresa deseja?
É importante ressaltar a importância dos cursos de Mestrado e Doutorado em Química na solução de alguns desses pontos, mas isso depende de um conjunto de variáveis, como a filosofia do curso, infra-estrutura, recursos humanos, vontade política, dedicação de alunos e docentes, entre outras.
A Capes tem cumprido seu papel no que tange à avaliação dos cursos de Pós-graduação, apontando aspectos positivos e outros que necessitam de ajustes, sem interferir na individualidade de cada um deles. Certamente, não existe unanimidade em relação aos critérios da avaliação, mas as discussões mantidas com os Coordenadores têm se mostrado úteis no sentido de esclarecer dúvidas e levantar sugestões, visando aperfeiçoar este processo.

Novos Cursos de pós-graduação

Na área de Engenharia
- Engenharia de Polímeros
- Tecnologia de tintas

- Biotecnologia: Biocombustíveis, Meio Ambiente, Alimentos, Fármacos

Área: Engenharia
Público Alvo: Farmacêutico–Bioquímico, Engenheiro Químico, Engenheiro e Tecnólogo de Alimentos, Químico, Biólogo, Biomédico, Médico, Agrônomo,Veterinário, Químico Industrial e Profissionais das Áreas Tecnológicas que tenham interesse em adquirir conhecimento em Biotecnologia aplicada à Biocombustíveis, Meio Ambiente,Alimentos e/ou Biofármacos.
Objetivo: Oferecer conceitos e conhecimentos atualizados para a formação de um profissional com competência científico–tecnológica e ética para atuar junto aos setores que utilizam organismos vivos e biomoléculas em processos tecnológicos.O curso apresenta um conjunto de disciplinas ministrado por profissionais de competência nas áreas químicas, biológicas e tecnológicas com o objetivo uníssono de formar um profissional hábil para a aplicação de biotecnologia na produção, pesquisa, serviços, desenvolvimento de novos processos e novos produtos, bem como para o diagnóstico, análise e solução de problemas pertinentes aos processos biotecnológicos das indústrias químicas, farmacêuticas, alimentícias, de biocombustíveis e relacionadas a questões ambientais.
Na área de Farmácia

- Cosmetologia

Área: Farmácia
Público Alvo: Farmacêuticos, Químicos, Engenheiros Químicos e profissionais que trabalham com beleza.
Objetivo: O programa foi concebido de modo a abordar todos os aspectos da elaboração de cosméticos, passando pelo estudo da formulação, produção, controle de qualidade físico–químico e microbiológico,bem como aspectos do marketing cosmético, incluindo pesquisa de mercado e embalagens.Habilitar o profissional graduado que atua no setor e os interessados a desenvolver, aprimorar, criar e entender as formulações cosméticas da atualidade e as tendências novas e futuras. O conteúdo programático do curso aborda desde a concepção do produto, sua formulação, controle de qualidade, marketing, até a elaboração do Dossiê Técnico atualizado para encaminhamento aos órgãos competentes para fins de registro.
Meio Ambiente

- Química Ambiental

Área: Meio Ambiente
Público Alvo: Químicos, Biólogos, Engenheiros, Farmacêuticos–Bioquímicos, Geólogos, Biomédicos, Físicos, Agrônomos, entre outros profissionais de áreas correlatas.Objetivo: – Capacitar os profissionais que atuam ou pretendem atuar na área ambiental, propiciando–lhes conhecimentos para a compreensão, análise e descrição dos processos químicos peculiares ao Meio Ambiente e suas influências no equilíbrio ecológico;– Estudar o comportamento das espécies químicas nos compartimentos ambientais: ar, água, solo e sedimento e suas interações com os ecossistemas, bem como as formas que possibilitam a avaliação da respectiva qualidade;– Estudar as técnicas de tratamento de emissões industriais (efluentes gasosos, líquidos e resíduos sólidos) e urbanas, além dos processos de recuperação de ambientes degradados pela poluição;– Capacitar os profissionais a interpretar as legislações relativas ao meio ambiente especialmente aquelas relacionadas a gestão da qualidade das águas superficiais (Resolução CONAMA 357/2005), subterrâneas (Resolução CONAMA 396/2008) e potabilidade (Portaria Ministério da Saúde 518/2004) entendendo seus objetivos e aplicações; – Apresentar estudos de caso onde serão aplicados os conhecimentos adquiridos no curso, propiciando maior compreensão e aprendizado.
Negócios

-Gestão da Qualidade e Produtividade

Área: Negócios
Público Alvo: Engenheiros, químicos, farmacêuticos, físicos, economistas e administradores
Objetivo: Capacitar e instrumentar os profissionais para melhor gerenciar os processos da empresa; Promover a compreensão dos direitos e deveres do cliente quanto ao atendimento e à qualidade dos serviços; Aplicar conceitos teóricos e práticos de auditoria, histórico e certificação da Qualidade; Habilitar o profissional para atuar em empresas públicas e privadas preocupadas com a certificação e auditorias de Sistemas ISO 9000 e 14000 para a implementação e avaliação dos serviços.
Química

- Análise Instrumental Avançada

Área: Química
Público Alvo: Profissionais que atuam em Indústrias Químicas, Farmacêuticas, Laboratórios de Análises Químicas, Bioquímicas, Clínicas, Toxicológicas, Farmacêuticas, Ambientais, Ensino e Pesquisa em Ciências, Biologia, Química, Saúde, Ambiente, Engenharia Química e área Ambiental.Objetivo: Oferecer aprofundamento em métodos instrumentais avançados; capacitar o estudante para execução de cálculos de planejamentos experimentais; analisar dados por meios de softwares; analisar e planejar projetos de pesquisa.
Saúde

-Ciências Forenses

Público Alvo: Advogados, Químicos, Engenheiros, biólogos, contadores e profissionais graduados que tenham interesse em atuar na área de perícias forenses.
Objetivo: O programa foi concebido de modo a abordar todos os aspectos da elaboração de laudos técnico–científicos, passando pelo estudo da formulação, produção, controle de qualidade bio–jurídico–físico–químico–contábil, entre outras áreas do conhecimento, na análise de casos concretos de ilícitos de maneira geral, ou mesmo da área trabalhista.Habilitar o profissional graduado que atua no setor e os interessados a desenvolver, aprimorar, criar e entender as perícias que subsidiam ações judiciais de quaisquer natureza, bem como juízo arbitral. O conteúdo programático do curso aborda desde conceitos jurídicos, noções de processo, criminalística, química, física, engenharia, contabilidade, arqueologia forense entre outros, até a elaboração de laudos técnicos.

- Fitoterápicos

Público Alvo: Profissionais formados em Farmácia, Medicina, Veterinária, Química, Biologia, Engenharia e áreas afins.
Objetivo: Possibilitar o acesso aos conhecimentos técnicos e científicos para trabalhar com plantas medicinais e seus produtos, tanto no mercado atual como visando perspectivas futuras. No final do curso, independentemente de sua formação acadêmica inicial, o aluno terá o embasamento necessário para atuar na área de produtos naturais e se desenvolver conforme suas próprias perspectivas.